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Tecnologia vira aliada dos técnicos para manter contato e seguir trabalho com os atletas da base colorada

Em meio ao isolamento social, as comissões técnicas das equipes das categorias de base do Internacional usam a criatividade para seguir a realizar o trabalho com os atletas. As ferramentas tecnológicas, como, por exemplo, chamadas em grupo por vídeo, chats, contato por aplicativos de mensagens e até vídeos de palestras, estão ditando a rotina de trabalho em meio à pandemia de Covid-19, que é a doença causada pelo novo coronavírus.

A equipe sub-20, que foi campeã da Copa São Paulo neste ano, estava prestes a estrear na Copa do Brasil da categoria quando começou o isolamento social. O nível de trabalho já era avançado. Agora, os atletas seguem conectados à comissão técnica através de atividades propostas pelo treinador Fábio Matias. A ideia é manter o contato e a execução de tarefas das partes técnica e tática.

Diariamente os jogadores recebem vídeos sobre conceitos importantes, como organizações defensiva e ofensiva, transições, entre outros movimentos de jogo. A instrução é para que eles assistam e pratiquem em exercícios o que aprenderam. Também apresentações serão feitas pelos próprios jogadores em um segundo momento.

“Tudo está indo muito bem, os atletas estão querendo muito. Eles recebem tarefas para realizar e tiram dúvidas, o interesse deles é muito grande. Todos estão muito comprometidos e conseguimos verificar online quando se conectam ao material enviado para o estudo e a realização do que propomos”, afirmou Fábio Matias. As situações de jogo são apresentadas com vídeos de partidas e treinos realizados na Copinha deste ano, na qual o modelo estratégico foi eficaz e levou a equipe a conquistar o título deste torneio.

Na categoria sub-17 o trabalho vem sendo realizado com novas formas de ação e comunicação. Foram criadas rotinas de trabalho, como reuniões com a coordenação, entre os membros da comissão técnica. Nestes encontros virtuais há a construção de todo um planejamento para o restante do ano, de acordo com os cenários possíveis de retorno ao trabalho presencial.

Os atletas foram divididos em grupos no WhatsApp por posição para que haja o desenvolvimento da parte tática. Videoaulas são enviadas aos atletas para que haja assimilação das partes individual e coletiva das questões táticas do time. O objetivo é que quando as atividades retornarem, não haja prejuízo no que foi feito até antes da consolidação do isolamento social.

Segundo afirmou o técnico Ariel Lanzini, o material construído sobre o modelo de jogo ficará de legado para o Clube: “a pandemia gerou um fato novo, pois nunca passamos por isto e foi necessário nos adaptarmos a tudo isto. A parte boa é que este período está servindo para que todos estudem e se capacitem ainda mais para, quando voltarmos, termos um bom nível de trabalho”.

Na equipe sub-15 as atividades seguem acontecendo com base também no departamento psicológico, com reflexões propostas para desenvolver capacidades novas de leitura e até aprender a tocar instrumentos musicais.

“A ideia é que não fiquem focados somente no futebol, que possam realizar atividades diferentes para enfrentar este momento”, contou o técnico Lucas Marchetti.

Jogos antigos que passam na TV são analisados pelos jogadores com a comissão técnica, para que se possa entender as diferenças na evolução do futebol. A comissão segue se reunindo por vídeo conferência, realizando atividades propostas pela coordenação da base e analisando em conjunto as atividades que os atletas realizam nesse período.

“Estamos sempre em contato. Não deixamos nada ficar monótono. Até os vídeos do treinos que os atletas enviam são analisados com muita atenção para dar mais motivação a eles”, relatou Marchetti. Grupos também foram criados com os atletas para a discussão de comportamentos que cada posição exige nos setores do campo.

No sub-14 o trabalho vem sendo feito em cima do jogo amistoso contra o Juventude, que aconteceu dias antes da parada das atividades presenciais. O técnico Eder Moraes debate questões junto com os atletas, que estão divididos por posição em grupos no WhatsApp. São apresentados recortes do amistoso para análise e até palestras são gravadas pelo técnico e enviadas para todos.

“A resposta tem sido muito boa. Em alguns momentos eu fico até surpreso, mas acima de tudo muito satisfeito pelo envolvimento de todos”, contou Eder Moraes. Atividades lúdicas, como desafio entre atletas por posições, também estão inseridas na rotina de trabalho, que ajudam na assimilação do que vem sendo preparado para o retorno à rotina normal do futebol.