
O Museu do Inter recebeu nesta terça-feira (4) a primeira edição do “Trajetórias – Vozes que Inspiram o Presente e Constroem o Futuro”. A iniciativa, que ocorrerá durante o mês de novembro, homenageia mulheres negras gaúchas que atuam nas áreas de educação, cultura, liderança, arte e justiça social.
A primeira edição contou com a presença de Pérola Sampaio, psicopedagoga clínica e institucional, Ana Tércia Lopes Rodrigues, contadora e professora, Vanessa Mulet, pedagoga empresarial, e Irlanda Gomes, professora e escritora. Elas estão entre as personalidades retratadas no livro “Negras Mulheres Gaúchas, Gaúchas Mulheres Negras”, de Carlos Penna Rey, pesquisador, escritor e jornalista. A obra documenta e exalta a presença negra no estado.






Na abertura do evento, a primeira palestrante foi Ana Tércia Lopes Rodrigues, professora de Ciências Contábeis e Atuariais da UFRGS. Ela falou sobre o conhecimento como uma ferramenta de libertação para pessoas de baixa renda. Durante sua fala, ela também relembrou sua trajetória como torcedora do Inter, citando as vezes em que atravessava a cidade para assistir aos jogos no estádio.
“Num mês tão emblemático como novembro, em que se celebra o dia da consciência negra, mas que na verdade a gente celebra o mês todo. Porque essa causa que nós... Eu não vou nem dizer que nós defendemos, mas sim que nós vivenciamos na nossa jornada, na nossa trajetória. Que é de enfrentar as adversidades, enfrentar as dificuldades, enfrentar a exclusão. E daí a gente num espaço como o Beira-Rio, que eu sempre vivenciei na minha vida, e perceber o engajamento do Museu do Inter com essa causa é muito gratificante”, afirmou Ana Tércia.
O evento Trajetórias ocorrerá durante todas as terças-feiras de novembro, com encontros que apresentam histórias que inspiram, atravessam gerações e abrem caminhos.
Para o mediador do evento, Gabriel Garcia, apresentar o evento do Trajetórias foi extremamente importante.
“São histórias e trajetórias em que elas puderam abrir sentimentos e experiências que talvez elas não tiveram a oportunidade de trazer para outras pessoas, mas que colocaram no livro e puderam compartilhar hoje conosco”, afirmou.
