
O técnico Roger Machado concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (14) no CT Parque Gigante, destacando a importância da preparação e do foco para o clássico Gre-Nal decisivo do domingo (16).
"Semana de clássico é diferente. Busco ficar mais reservado. Mas não posso deixar de me envolver com o entorno, buscar amenizar a ansiedade. Foi uma semana cheia, importante para corrigirmos e ajustar detalhes. A experiência vai nos ensinando como lidar com isso", afirmou o treinador.
Roger também ressaltou a importância de administrar a vantagem obtida no primeiro jogo, mas sem se acomodar. "Temos que saber jogar com a vantagem, mas não pela vantagem. Precisamos entender o tamanho do que conquistamos na Arena. Trabalhamos cenários, analisamos o que o Quinteros pode fazer e as alternativas que ele utilizou no meio da semana", explicou.
Sobre o adversário, Roger reforçou a necessidade de foco total na partida. "O adversário vai chegar mobilizado, por todo o contexto. O que eu disse para os jogadores: não vamos enfrentar arbitragem, história. Vamos enfrentar 11 jogadores adversários. É nisso que temos que nos ater".
O técnico também comentou sobre a homenagem que fez no último jogo ao jovem Luighi, do Palmeiras, vítima de racismo no Paraguai. "Foi um crime cometido contra ele. O que mais me marcou foi ele mencionar que, além de todo processo envolvido, era um jogo de formação. Como aprender tudo isso? Penso que a punição para esse caso foi branda. Futebol é o retrato da sociedade, são casos que se repetem e não há uma punição exemplar para que isso mude".
A respeito da formação para a partida, Roger destacou que a decisão sobre os titulares será baseada em critérios claros. "Eu sempre falo em processo de gestão e mérito. A escalação será em função desses elementos. Pode ser o retorno do Borré ou a permanência do Valência. Retorno do Wesley ou escalar Carbonero. Vou tentar ser o mais justo possível com o grupo".

O treinador reforçou que, apesar da vantagem no placar agregado, o time precisa manter o foco total. "A vantagem é muito boa, mas já vimos inúmeras reversões. O que digo para os jogadores é: é um grupo trabalhador e focado. É importante filtrar a euforia do torcedor. O resultado é importante, mas o título não está concretizado. Tem outro jogo, adversário mordido, clássico com histórico recente envolvido. Eles estão conscientes e trabalharam duro durante a semana".
Por fim, Roger garantiu que o grupo está focado apenas no jogo e evitou entrar em polêmicas sobre arbitragem. "Não falei sobre arbitragem com os jogadores essa semana. Não falamos sobre o não julgamento do técnico adversário. O que me interessa é o jogo. Nossa estratégia. Sabemos controlar esses acessos. O ambiente está tranquilo, mas de prontidão."
O clássico decisivo está marcado para domingo (16), às 16h, no estádio Beira-Rio.