Escurinho
As histórias de Internacional e Escurinho em muito se confundem. Nascido na Ilhota, bairro que também de berço nos serviu por ter sediado o primeiro campo, da Rua Arlindo, utilizado pelo Clube do Povo, desde criança o eterno camisa 14 era apaixonado pelo Colorado. Torcedor fanático, cansou de visitar o aterro erguido sobre o Guaíba durante as obras de construção do Beira-Rio, futura casa sua e de todo o povo alvirrubro. Aos 11 anos, entrou na base do Inter, para em 1970 chegar aos profissionais.
Meio-campista ofensivo, de grande estatura e mortal no jogo aéreo, pegou rodagem, no início da década, em equipes do interior do Rio Grande, até retornar, em 1972, ao seu Colorado do coração. Heptacampeão gaúcho com as cores do Inter, conquistou o bicampeonato nacional pelo Clube do Povo. Talismã ou 12º jogador, chame como quiser, o gaúcho da capital sempre foi a alternativa perfeita para Rubens Minelli nos momentos em que o comandante necessitava de uma alteração mais ofensiva. Irrefutável prova é o segundo gol alvirrubro na semifinal do Brasileirão de 1976, contra o Atlético-MG, quando Escuro protagonizou, ao lado de Falcão, pintura rara na história do futebol mundial.
Escurinho deixou o Inter em 1978 e rodou por clubes brasileiros e sul-americanos antes de se aposentar, em 1986. Sua ligação com o Inter, porém, permaneceu até a data de sua morte, em razão de uma parada cardíaca, no dia 27 de setembro de 2011. Saudades eternas, ídolo!