Em sua primeira passagem pelo Inter, entre os anos de 1988 e 1989, o carioca Abel Braga já mostrou que estava predestinado a fazer história na casamata colorada.
Comandante alvirrubro no Gre-Nal do Século, apesar de ter participado da vitória no maior clássico da história amargou o gosto da prata semanas depois, com o vice nacional. Nova frustração, esta na Libertadores, diante de paraguaios, interrompeu trajetória que, visivelmente, estava longe do fim.
Três passagens e dezessete anos depois, Abel chegou ao Inter para um ambicioso 2006.
Iniciado com o baque da perda do Gauchão, o ano acabou eternizado como uma das maiores, se não principal, temporadas da história colorada. Primeiro, em agosto, veio a Libertadores, conquistada através de oito vitórias, cinco empates e apenas uma derrota em 14 jogos.
Já em dezembro o título foi do Mundial, vencido sobre o Barcelona de Ronaldinho e cia., tido por toda a crônica como o melhor time do mundo.
Predestinado, o comandante foi cirúrgico ao alçar a campo Adriano Gabiru, que substituiu o lesionado capitão Fernandão para marcar o único gol da final.
Em sua sexta passagem pelo Inter, na temporada de 2014, Abel ainda se tornou o primeiro comandante colorado no remodelado Beira-Rio. Na casamata do Gigante reconduziu o Clube do Povo à Libertadores, torneio que não disputávamos há dois anos.
Em 2020, em meio à pandemia da Covid-19, Abel Braga levou o Internacional ao vice, sendo eleito o melhor técnico do campeonato pela CBF.