Vitão concede entrevista no CT Parque Gigante: “O nosso momento é fruto de muito trabalho”
Na manhã desta quarta-feira (13), o zagueiro colorado Vitão concedeu coletiva no CT Parque Gigante. Na entrevista, o jogador de 24 anos ressaltou o momento do Clube do Povo, a esperança de ser convocado para Seleção Brasileira, comentou sobre o trabalho de Roger Machado e projetou os objetivos alvirrubros para o final da temporada.
A coletiva começou com uma pergunta referente ao negócio não concretizado com o Real Betis e como Roger Machado foi importante para que voltasse com o mesmo ímpeto e dedicação que o camisa 44 sempre teve com o manto colorado.
“Acabou não dando certo e, quando voltei, conversei com Roger. Disse que estava 110% e ele disse que eu precisaria correr atrás do meu espaço. Baixei a cabeça e trabalhei no dia a dia. Retomei minha vaga e, graças a Deus, estamos conseguindo grandes resultados na temporada.”
Sobre propostas do futebol europeu, o atleta deixou claro que é jogador do Sport Club Internacional e, também, que não chegou mais nenhum contato oficial de alguma equipe do Velho Continente.
“Tenho contrato e sempre deixei claro minha felicidade por estar aqui. Vi algumas notícias, mas não chegou nada para mim e nem para o Clube. Sou muito feliz e espero conquistar grandes coisas aqui.”
O zagueiro falou sobre uma questão importante que ainda não é debatida no futebol mundial, a saúde mental e como isso impacta o atleta de alto rendimento.
“Faz um bom tempo que tenho esse acompanhamento, o mental é até mais importante que o físico, trabalho minhas tomadas de decisões, como reagir quando erro e quando o time não está em bom momento, como posso agir. Faço sessões durante toda a semana e falo para quem não faz ir atrás, isso é muito importante.”
O camisa 44 revelou sobre como é vista internamente a questão do momento vivido pela equipe na temporada, com o recorde de 14 partidas de invencibilidade, marco histórico para o Colorado na era dos pontos corridos.
“Nada é sorte e muito menos acaso. Estamos trabalhando muito com o Roger e o Paixão, fazemos muito trabalho de força e corremos do primeiro ao último minuto, estamos pressionando e marcando, como deu para perceber contra o Flamengo, que era visível o cansaço deles. O nosso momento é fruto de muito trabalho, estamos nos dedicando ao máximo e somos os primeiros a acreditar enquanto houver chances e procuramos terminar o mais alto possível na tabela.”
Na sequência, Vitão comentou sua expectativa sobre convocações para a Seleção Brasileira e citou o companheiro Alan Patrick como um nome que também deveria estar no radar para futuras convocações.
“Nós que jogamos aqui no Sul precisamos fazer o dobro para termos o reconhecimento. O Alan Patrick, por exemplo, se estivesse no eixo, vocês sabem que ele estaria na Seleção, está merecendo faz muito tempo, é o nosso protagonista. “
Com variações táticas e de funções dentro da zaga, o atleta ressaltou que a confiança do técnico Roger Machado é importante para que consiga render tanto do lado direito quanto esquerdo.
“Minha conversa com o Roger foi breve. Já trabalhei com ele antes, no Palmeiras, fazendo a transição base/profissional. Como ele me conhece, se sentiu confortável em me colocar no lado esquerdo e passei essa tranquilidade para ele. Fazemos bastante trabalho posicional e curto, e eu sempre falo que parece que o treinamento é mais difícil que o jogo. O segredo é treinar bem e firme, para podermos chegar no jogo rendendo o esperado.”
Sobre as chances de brigar diretamente pelo Brasileirão, Vitão argumentou que o elenco alvirrubro tem consciência de que há chances e revelou que “secam” os rivais que estão nas primeiras posições da tabela.
“Certeza absoluta. Depois de fazer nosso papel, “secamos” quem está na parte de cima. Nós precisamos ser os primeiros a acreditar, enquanto tiver possibilidade, vamos buscar fazer nossa parte e secando quem está na parte de cima.”
Quando questionado sobre a evolução defensiva, comentou a importância do trabalho que passa pela entrega de todo o grupo, já que a marcação começa no centroavante e nos pontas, com as linhas altas e impondo pressão ao adversário.
“Quando se fala em defesa, sempre pensam no goleiro, na linha de 4 e no volante: mas não é bem desse jeito. Todos estão desempenhando o máximo, desde o centroavante, seja o Borré, o Enner ou o Alario. É muito boa essa ajuda de todos, pode perceber que os nossos pontas acompanham e vão até o final, nos deixam mais protegidos e, é claro, que treinamos bastante nossa linha, até porque é lá que nos desenvolvemos. Treinar contra nomes como Borré e Enner, te deixam preparado para enfrentar qualquer ataque do Brasil. Buscamos manter essa solidez, porque quanto menos gols você toma, mais perto se está da vitória.”
Com a parada da Data FIFA, o Inter volta a campo apenas no dia 21, às 20h, contra o Vasco da Gama, no Estádio São Januário.