Os números de D’Alessandro
Incapazes de retratar com máxima fidedignidade o significado que D’Alessandro exerce junto ao povo vermelho, os números não deixam de ser aliados importantes na ingrata tentativa de resumir o gigantismo do gringo na biografia alvirrubra. Único pela simbiótica relação que construiu com o Inter, Andrés já seria fato raro se desconsiderássemos o sentimento. Afinal, os feitos atingidos pelo buenairense também justificam porquê Andrés é tratado como D10S nas bandas da Padre Cacique.
Terceiro jogador que mais vezes vestiu a camisa colorada na história, D’Alessandro levantou 13 taças ao longo das 517 partidas que disputou pelo Clube do Povo. Protagonista em absolutamente todas as conquistas, o argentino levou apenas quatro meses para erguer seu primeiro troféu como atleta do Inter. Iniciada com a Sul-Americana, a lista de títulos logo ganhou os acréscimos de Gauchão, torneio que venceria sete vezes, Recopa Gaúcha, duas, Copa Suruga, Recopa Sul-Americana e, é claro, Copa Libertadores.
O brilho de D’Alessandro não rendeu apenas feitos coletivos, como também individuais ao atleta. Rei da América no ano de 2010, o gringo também foi escolhido para a Seleção do continente no ano de 2008. Terceiro melhor jogador do Mundial de 2010, Andrés ainda recebeu, ao fim da temporada 2013, o Prêmio EFE, entregue ao melhor estrangeiro do Brasileirão.
Último camisa 10 genuinamente latino, D’Alessandro sempre foi um tipo raro no futebol mundial. Sanguíneo e libertador, o ídolo carrega gene exclusivo aos mais letais armadores. Capaz de transformar centímetro em latifúndio, segundo em eternidade, El Cabezón tem no terror das retaguardas rivais o nutriente perfeito para afinar seus movimentos, todos meticulosamente planejados para gerar ganho ao Clube do Povo.
Dono de 113 assistências com a camisa colorada, número que constrói média superior a uma a cada cinco jogos, o hermano maestro do Beira-Rio também sabe reger palcos hostis, independente de torneio ou perna utilizada. Confira os números de seus passes para gol:
Assistências | |
Total | 113 |
Mandante | 86 |
Visitante | 25 |
Campo neutro | 2 |
Brasileirão | 59 |
Gauchão | 27 |
Copa do Brasil | 13 |
Libertadores | 10 |
Sul-Americana | 3 |
Mundial | 1 |
Bola rolando | 82 |
Bola parada | 31 (16 faltas/15 escanteios) |
Perna canhota | 101 |
Perna direita | 12 |
Fora da área | 98 |
Dentro da área | 15 |
Vértice superior em losango de meio-campistas, ponta-direita no 4-2-3-1, armador em esquemas com três zagueiros, integrante de tripé formado por meias, ponta de cima de triângulo construtor e segundo atacante. Estas são apenas algumas das posições que D’Ale já ocupou ao longo de sua trajetória no Beira-Rio. Polivalente como todo craque, respondeu às muitas variações com a regularidade de sempre.
Habituado ao terço final do campo, o argentino jamais abriu mão da letalidade que o acompanha. Ao todo, El Cabezón marcou 95 gols com a camisa colorada. Os tentos, que revelam a facilidade de Andrés para pisar na área adversária, foram, cada um deles, comemorados a reverências pelo povo alvirrubro. Relembre os detalhes de cada um:
Gols | |
Total | 95 |
Mandante | 69 |
Visitante | 22 |
Campo neutro | 4 |
Brasileirão | 45 |
Gauchão | 26 |
Copa do Brasil | 9 |
Libertadores | 7 |
Amistosos | 3 |
Sul-Americana | 2 |
Mundial | 1 |
Copa Audi | 1 |
Florida Cup | 1 |
Bola parada | 49 (35 pênaltis/14 faltas) |
Bola rolando | 46 |
Perna canhota | 80 |
Perna direita | 15 |
Dentro da área | 66 |
Fora da área | 29 |
Homem Gre-Nal
São muitos os fatores que justificam a consagração de um jogador em ídolo. Para virar divindade, então, o atleta precisa exibir caminhada praticamente impecável com as cores de sua equipe. Quanto maior a instituição, mais elevado o sarrafo de exigências impostas ao craque. Ocupar degrau de prestígio no panteão alvirrubro, portanto, é uma missão praticamente impossível. Exigente, a tarefa foi completada com excelência por El Cabezón.
Apaixonado pelo Internacional, D’Alessandro virou eufemismo no Beira-Rio, nome dado àqueles que personificam a essência do coloradismo, característica comprovada na simpatia de Andrés por brilhar em grandes confrontos. No maior clássico do país, então, o camisa 10 virou carrasco como poucos na história, acima de qualquer outro no século. Conheças as principais vítimas de D10S:
Gols | Adversário |
9 | Grêmio |
5 | Atlético-MG |
4 | América-MG, Vitória e Náutico |
3 | Avaí, Santa Cruz-PE, Caxias, Pelotas, São Luiz e Ulbra/Canoas |
2 | Sport, Athletico Paranaense, Santos, Vasco, Peñarol, Chivas, Juventude, Palmeiras |
1 | Botafogo, Novo Hamburgo, Once Caldas, Cerâmica, São Paulo, Santa Cruz-RS, Esportivo, Fluminense, Salgueiro, Goiás, Corinthians, Ponte Preta, Veranópolis, Seongnam, Jorge Wilstermann, Milan, Cruzeiro, Cruzeiro-POA, Metropolitano, Flamengo, Figueirense, Criciúma, Coritiba, The Strongest, Universidad de Chile, Ypiranga, Tigres, Bayer, Sampaio Correa, Londrina, ABC, São José-POA, Cianorte, Universidad Católica e Bahia |
Assistências | Rival |
7 | Grêmio |
5 | Juventude |
4 | Pelotas, Flamengo, América-MG, Palmeiras, Guarani e Cruzeiro |
3 | Atlético-MG, Fluminense, Figueirense, Paysandu, São José-POA, Botafogo, Caxias, Náutico, Vasco e Corinthians |
2 | Goiás, Brasil de Pelotas, Londrina, Princesa de Solimões, Emelec, Vitória, Criciúma, Bahia, Veranópolis, Once Caldas, Universidade/Canoas, Deportivo Quito e Boca Juniors |
1 | Tolima-COL, Nacional-URU, Aimoré, Sport, Boavista-RJ, Novo Hamburgo, Sampaio Corrêa, Joinville, Atlético-PR, Santos, Cuiabá, Cruzeiro-POA, Ponte Preta, Esportivo, Avaí, Seongnam, São Paulo, Ceará, Universidad de Chile, Sapucaiense e União Rondonópolis |
Parceiro de craques
A cada 10 colorados e coloradas questionados, 11 escalam D’Alessandro na seleção dos maiores craques da história do Clube do Povo. Presente em muitas das melhores gerações que já defenderam o Inter, Andrés evoca alegres nostalgias na memória coletiva da torcida vermelha, a qual prontamente revisita, instigada pelas lembranças de seu craque, inúmeras formações campeãs de estado e continente.
Como lembrar da chegada do gringo ao Gigante sem falar de Bolívar, Magrão, Guiñazú, Nilmar e Alex? De que forma poderíamos esquecer figuras como Índio, Andrezinho, Taison, Alecsandro, Sobis e Damião quando discorrendo sobre a Libertadores de 2010? Os anos últimos do craque pelo Inter se confundem ao entrosamento que atingiu ao lado de Guerrero, Patrick e Edenilson, enquanto sua representatividade para o futebol sul-americano é validada nas dobradinhas estrangeiras que estabeleceu junto dos selecionáveis Aránguiz, Nico e Forlán.
Em linhas gerais, foram muitos os garçons que serviram D’Alessandro ao longo dos anos que Cabezón passou no Beira-Rio. Relembre os números de cada um:
Garçom | |
4 | Oscar |
3 | Damião e Sobis |
2 | Jorge Henrique, Patrick e Rafael Moura |
1 | Andrezinho, Zé Roberto, Alex, Guiñazú, Taison, Kleber, Alecsandro, Fred, Caio, Airton, Fabrício, Forlán, Alan Patrick, Sasha, Uendel, Edenilson, Pottker e Camilo |
Por fim, ainda mais variados são os companheiros assistidos por D’Alessandro. De Damião a Magrão, a nominata contempla mais de 50 nomes. Conheça todos:
Companheiro | |
9 | Damião |
8 | Alex |
7 | Nico López |
6 | Forlán |
5 | Guerrero e Alecsandro |
4 | Índio |
3 | Valdívia, Nilmar, Aránguiz, Fabrício, Rafael Moura, Kleber e Bolívar |
2 | Edenilson, Moledo, Cuesta, Brenner, Otávio, Oscar, Tinga, Bolatti, Edu e Taison |
1 | Lindoso, Sarrafiore, Dourado, Iago, Patrick, Pottker, Klaus, Fabinho, Roberson, Vitinho, Nilton, Sasha, Taiberson, Paulão, Cláudio Winck, Jackson, Juan, Scoco, Maurides, Fred, Willians, Caio, Sobis, Glaydson, Giuliano, Andrezinho, Marcelo Cordeiro e Magrão |